Cemitério dos Pioneiros ( primeiro cemitério de Penápolis)

Trata-se do cemitério do antigo Patrimônio de Nosso Senhor dos Passos, próximo às margens do ribeirão Lajeado e da rodovia Assis Chateaubriand (SP-425), a 11 quilômetros de Penápolis. Conhecido popularmente como "Cemitério dos Índios", o local é um dos poucos vestígios remanescentes do início do povoamento da região Noroeste.
Apesar da importância histórica, o local está praticamente abandonado. Para chegar até ele é preciso passar pelo meio de um canavial. Apenas um muro delimita o local que abriga até hoje restos mortais de desbravadores da nossa região.
O surgimento do cemitério é bem anterior ao aparecimento dos municípios da região Noroeste. Segundo a historiadora Gláucia Maria de Castilho Muçouçah Brandão, autora de livros sobre a história de Penápolis, os primeiros habitantes se estabeleceram aqui no ano de 1842, próximos às margens do rio Tietê.Posteriormente, próximo ao Ribeirão do Lageado, se tentou formar, em 1883, pelos primeiros pioneiros, um Patrimônio, tendo como orago o “Nosso Senhor dos Passos”. Este primeiro patrimônio não prosperou porque uma das famílias pioneiras, os Pinto Caldeira, foi massacrada pelos índios Coroados ( Caigangues) em 1886. Esta família Piinto Caldeira é homenageada dando seu nome ao Córrego dos Pintos, na região do Ribeirão do Lageado, a qual ainda pertence ao município de Penápolis, e foram enterrados no cemitério do Lageado ( cemitério dos Pioneiros) Mesmo assim, com o passar dos anos, foi bastante modificado. A historiadora conta que nos primórdios o local era cercado por toras de aroeira. Atualmente, ele se encontra cercado por um muro de pouco mais de um metro de altura. A maior parte das sepulturas desapareceu. Não se sabe se elas foram retiradas do local, mas a hipótese mais provável é que tenham sido aterradas.
Atualmente, restaram apenas uma sepultura (que abriga uma pessoa morta em 1911) e um crucifixo, que demarca uma vala comum, onde foram enterradas 11 vítimas do confronto entre colonizadores e os caingangues no ano de 1886. Até a década de 60, parentes dos desbravadores que lá estão sepultados realizavam freqüentemente cerimônias religiosas em memória dos mortos.
O fato de o Patrimônio de Nosso Senhor dos Passos não ter progredido também colaborou para o abandono no local. Inicialmente, a previsão era que a cidade de Penápolis surgisse na região do patrimônio. Porém, o desvio do trajeto da estrada de ferro Noroeste do Brasil para onde se localiza Penápolis, impediu que a localidade progredisse.
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